quarta-feira, 21 de outubro de 2020

gato escaldado

Há pouco tempo, numa sessão psicoterápica, usei uma expressão antiga: "Gato escaldado tem medo de água fria". E trabalhamos sobre este tema. O gato foi verdadeiramente escaldado, jogaram água fervendo nele. O episódio gerador é verdadeiro, foi experimentado. Mas, a partir daí, ele tem medo de água fria. O que faz o gato temer água fria e dela se afastar? À distancia, não há como distinguir água fervendo de água fria. À distancia, a imagem é a mesma. E dela ele foge. Para saber a temperatura há que experimentar, colocando a pata na água. Mas, para o observador que já sabe que a água é fria parece estranho, doentio, , maluquice, fugir de uma água que é fria. Mas, só o observador sabe que a água é fria. O gato tem uma lembrança real, inscrita em seu corpo da queimadura. O Psicodrama possibilita, ao criar cenas dramatizadas em palco, o experimentar das águas. "A segunda vez liberta a primeira", diz Moreno.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Afeto e Psicodrama

 Nesta última semana estivemos envolvidos no Congresso Brasileiro de Psicodrama online. Apresentei um escrito tocando no assunto do afeto e a direção psicodramática. Em geral, os afetos são desprivilegiados em comparação à cognição. Entretanto, como a afetividade é a qualificação da experiência do humana, é aquilo que adjetiva o viver, esta característica faz da afetividade um orientador da experiência humana. Na direção psicodramática, seja em Psicodrama ou Teatro Espontâneo, afetividade do diretor/condutor, ou seja, sua diferenciação em perceber afetivamente o grupo, faz desse estado sua bússola sociométrica para direcionar suas ações e escolhas do processo de dirigir/conduzir.

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E assim é.

Experimentar e refletir.  Este blog é um espaço para mostrar ideias sobre o psicodrama, sobre o teatro espontâneo.  Há mais de trinta anos...