A origem do Natal está nas comemorações do Solstício de Inverno no Hemisfério Norte. Solstícios são os pontos da trajetória terrestre em que os hemisférios estão mais próximos (verão) ou mais distantes (inverno) do Sol. Assim, para as tradições místicas do Hemisfério Norte, esse período era quando, em seu hemisfério, Dezembro, a inclinação da Terra em relação ao Sol, voltava a se aproximar, quando o Inverno anunciava o seu fim, quando as esperanças de um novo plantio, de um degelo, surgiam, respondendo à expectativa da espera. Nas tradições místicas isso era o símbolo da renovação, do anúncio de um novo tempo. Avatares e deuses eram comemorados nesse dia. Krishina, Mitra, por exemplo. Por isto a tradição cristã aproveitou-se desse simbolismo. E isso que tem a ver com o nosso Psicodrama/Teatro Espontâneo? Nada. E tudo. Moreno, o criador do Método Socionômico (Psicodrama, Teatro Espontâneo, Sociodrama) era um judeu imbuído das tradições judaicas, principalmente da filosofia hassídica. E esse Hassidismo tinha por base a renovação, a fé na transformação, a esperança de um recomeço. Socionomia, Sociodrama, Psicodrama Morenianos são sempre fundados nessa atitude de mudança, transformação, um novo olhar, uma nova chance, um outro começo.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Ah, o descanso!
Andei pensando sobre o descanso. E aí vi que talvez houvesse três formas de se falar de descanso. Uma seria não fazer nada e manter esse pensamento de deixar de fazer algo presente todo o tempo, como um dique represando a corrente do fazer algo. Outra seria oposta, fazer nada, ou seja, abster-se de fazer qualquer coisa e usufruir disso, sentir todo o prazer do nada. A outra forma seria o genuíno interesse por outro objeto. A primeira forma é a primeira que vem à mente ao se pensar em descanso e é a que maioria das pessoas buscam: um esforço imenso e cansativo para descansar. A segunda forma advém das práticas meditativas, o verdadeiro ócio, a suspensão de toda ação. A última maneira tem a ver com o Psicodrama. Quanto mais vínculos desenvolvemos, mais papéis podemos desempenhar. Quanto mais papéis, mais interesses. Quanto mais interesses, mais possibilidade de alterná-los. Assim, talvez descansemos do desempenho de um papel atuando outro papel. Se sou psiquiatra e psicoterapeuta, o descanso desse papel pode ser o papel de leitor, nadador, bate-papeador. E desses, o descanso adviria do papel de avô. E desse o descanso viria do papel de escritor. A séria é infinita para quem se torna aberto (espontâneo) ao desenvolvimento de interesses, vínculos, papéis, novos
sábado, 12 de dezembro de 2020
Lágrima e alegria
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Prazer, dor, transformação
"O samba é o pai do prazer;
O samba é o filho da dor;
O grande poder transformador."
Desde que o samba é samba, Gil e Caetano
Hoje é dia do Samba. Essa música foi composta por Gil e Caetano comemorando os 25 anos do movimento tropicalista. Mais além da beleza da música e letra, há algo. A posição que eles colocam o samba, intermediária entre a dor e o prazer, chama a minha atenção. A acentuação que essa posição tem um poder transformador, chama a minha atenção. Transmutando a dor recebida no prazer criado. Algo bem alquímico, lato sensu. Isto é Arte. Essa alquimia é Arte. E o exercício psicodramático é isso. Dor em prazer, merda em adubo, paralisia em movimento, cristalização em mudança.
Postagem em destaque
E assim é.
Experimentar e refletir. Este blog é um espaço para mostrar ideias sobre o psicodrama, sobre o teatro espontâneo. Há mais de trinta anos...
-
Em Socionomia (Psicodrama, Sociodrama, Axiodrama) há um conceito central que não é fácil para ser compreendido e utilizado. Tele. Essa pala...
-
Quando não podemos fazer algo apenas por nós mesmos pedimos ajuda à instrumentos, objetos ou a outras pessoas. Aos míopes, o óculos é um in...
-
CONVITE AO ENCONTRO ( JACOB LEVY MORENO) Mais importante do que a ciência, é o que ela produz, Uma resposta provoca uma centena de p...