Durante uma conversa informal estava-se falando sobre home-working. e, no calor da discussão, para afirmar minha opinião, fiz um trocadilho em inglês. Disse eu "não é home-working, deveria ser house-working!". Home e house, em inglês, tem sentidos diferentes. Uma é a estrutura física, casa (house), a outra é a representação das relações afetivas, lar (home). Um espaço físico torna-se um território quando é ocupado funcionalmente, habitado. Durante a pandemia, com a existência e prevalência do chamado home-working, percebemos que o espaço até então, exclusivo das relações afetivas, familiares, o lugar para onde se volta, o repouso, o lar, foi invadido pelos papéis profissionais (ou estudantis). Gradualmente, o sentido de lar, home, foi-se diluindo. Não mais "estamos indo de volta pra casa". Casa, lar, escola, escritório, consultório, palco. Tudo se misturou. E se perdeu. Gilberto Gil diz em Back in Bahia: "como se ter ido fosse necessário para voltar". Como não vamos, não voltamos. E não repousamos em paz.
sexta-feira, 16 de abril de 2021
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