Quando me dei conta, já se passaram 16 dias desde a última postagem aqui no Blog. E aí me veio a necessidade de escrever algo. O que estou fazendo agora é abrir o blog, iniciar a escrever falando do que me acontece agora. e nesse momento me surge a ideia de relacionar com o compromisso de uma direção psicodramática. E se, convidado para dirigir uma atividade eu houvesse me esquecido e, pegado de surpresa com o lembrete do celular, chego rapidamente ao local onde haverá a atividade. Não tinha me preparado e devo dirigir. Continuando o "Como se", chego à sala, me apresento ou sou apresentado, e conto o que me aconteceu. Que, esbaforido, cheguei, por haver me esquecido do horário. Falo da surpresa, do receio de faltar ao compromisso, da vontade de realizar o compromisso, e da tela em branco que estava em minha cabeça naquela hora. peço ao grupo para compartilhar se vivenciaram algo assim. Aparecem alguns relatos e...iniciou-se o Psicodrama. O aquecimento, primeira fase de qualquer atividade socionômica (Psicodrama, Sociodrama, Teatro Espontâneo, Axiodrama), é para o grupo e para o Diretor. Na maioria das vezes, o aquecimento do Diretor é anterior ao início da ação psicodramática. Chega mais cedo, reconhece o espaço, apropria-se do espaço cênico, se prepara fisicamente, relaxa o corpo. Mas, e se acontece algo como na cena proposta? o aquecimento dar-se-á em ação. Troca-se o pneu com o carro em movimento. Tudo pode ser aproveitado e é aproveitável na ação psicodramática. Até o desaquecimento do próprio Diretor/Condutor. Colocar-se como o "´protagonista" inicial relatando suas dificuldades estabiliza emocionalmente o diretor/condutor e mostra ao grupo algo do que pode e é esperado acontecer. Como diz Pepeu Gomes: "A noite vai ter Lua cheia e tudo pode acontecer".
quarta-feira, 30 de agosto de 2023
segunda-feira, 14 de agosto de 2023
MIles Davis. Mestre.
Não toco nenhum instrumento e sou apaixonado por música. A frase de Nietzsche "A vida sem música seria um erro" poderia ser minha legenda de vida. Vendo uma entrevista de Herbie Hancock em que ele cita o grande Miles Davis como tendo dito a ele após Herbie tocar uma note errada: "It's not the note you play that's the wrong note - it's the note you play afterwards that makes it right or wrong." "Não é a nota que você toca que é errada. É a nota seguinte que faz o acerto ou o erro.". Isso é pura Direção em Psicodrama ou em Teatro Espontâneo. O erro pode ser o início espontâneo de uma nova versão. Se, ao percebermos nosso engano ficamos paralisados procurando consertar, perderemos o ritmo, o timing, bloquearemos nossa criatividade. É a nota seguinte que exibe espetacularmente o nosso engano ou nos coloca em um novo caminho.
terça-feira, 1 de agosto de 2023
Não, nunca são.
Perdi um grande mestre, um grande companheiro, um grande ser humano. Perguntaram-me como estava. E respondi que sabia da situação progressivamente ruim de saúde dele, mas quando aconteceu fiquei triste. "Mas vc sabia que ia acontecer". Sim, sabia. mas o fato, a transição, a morte aconteceu recentemente. Há oito anos tb vivi algo parecido. E isso me remete a que as experiências só são efetivamente lidadas quando acontecem. "As coisas nunca são como imaginamos, ou são melhores ou são piores". Li isso há tempos. O Psicodrama possibilita que o fato imaginado, temido, sonhado, seja, efetivamente, vivido como se fosse realidade real. Não imaginamos o futuro, nem lembramos o passado. O palco psicodramático é um grande máquina do tempo que traz, o passado vivido ou imaginado e o futuro imaginado ou sonhado ou desejado, para o presente da cena. E, no como se psicodramático, vive-se o como é da realidade real. Não, as coisas nunca são como imaginadas. Não apenas são melhores ou piores. Elas podem ser diferentes. A dramatização psicodramática abre a chance de uma outra visão, de uma outra experiência.
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