sábado, 6 de setembro de 2025

Tempo, Espaço, Condução

Tempo, Espontaneidade, Espaço, Espontaneidade. Às vezes, parece que fazer Psicodrama é vivenciar um happening, apenas usufruindo da vivência sem nenhuma forma de organização. Não é assim. Parodiando Polonio no Hamlet "é louco, mas tem seu método". Ao Diretor cabe manter o total controle do tempo e do espaço. Embora ele seja um membro do grupo, em seu papel diferenciado ele não deve deixar-se levar pelo encantamento do momento e perder-se dentro dos critérios de tempo e espaço. O absoluto controle do tempo é vital para saber a cada momento, se há tempo para uma nova imagem, um desdobramento cênico, uma ressonância maior. Saber se cabe dar início a algo novo ou apenas acolher a manifestação. E no espaço há que se lembrar que o palco delimita os dois mundo. o Real "real" e o Real "cênico". A mais que famosa brecha realidade fantasia traduzida em um espaço concreto. Os membros da atividade não devem consultar o relógio. Se o fizerem e isso for percebido pelo Condutor ou sua unidade funcional sinaliza que o aquecimento está fraquejando. Mas a unidade funcional, a codireção, precisa saber, a cada momento onde a atividade está em relação ao tempo disponível ou contratado. Dirigir, Conduzir uma atividade socionômica é como um equilibrista que tem um olhar genérico e um um olhar específico para cada um dos malabares que esteja jogando. A visão do grupo e a visão do membro do grupo. Não é fácil, à primeira vista. Mas, é possível. Treinando, repetindo, observando e repetindo e observando. 

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Experimentar e refletir.  Este blog é um espaço para mostrar ideias sobre o psicodrama, sobre o teatro espontâneo.  Há mais de trinta anos...