Em geral quando reflito sobre algo parto sempre da etimologia da palavra. Nenhuma palavra existe à toa. Em algum momento foram criadas para responder a uma necessidade de expressão. Assim, quando retomo a etimologia de uma palavra é como se eu ultrapassasse o senso comum e fosse mergulhar no clima original que a gerou (em Psicodrama dizemos Status Nascendi). Hoje, em uma sessão psicoterápica, estávamos tratando de relacionamento afetivo. Pedi à pessoa que se imaginasse (era online) dançando sozinha, fazendo os movimentos que lhe dessem na telha. Em seguida, pedi-lhe que segurasse em minha mão e dançássemos. Perguntei-lhe, então, que diferença havia; Ela disse-me que não podia fazer tudo o que queria, já que tinha que levar em conta que estava segurando a minha mão. Aí entrou a etimologia. Vinculo, em latim, em italiano também, é corrente. Vínculo liga, mas limita. Une, mas cria limites de ação. Aí, entrou outra palavra e sua etimologia. O vínculo pressupõe compromisso. E compromisso, ao pé da letra, é promessa mútua. Vínculo, ligação, limite, compromisso. Vínculo, núcleo do Psicodrama.
terça-feira, 21 de setembro de 2021
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