Psicodrama não é vivência. É, pode-se dizer, o antônimo exato de vivência. Todas vivências são planejadas e têm, desde o título, um objetivo claro a ser atingido. Todo ato socionômico (psicodrama, sociodrama, axiodrama) é sempre um convite ao risco da Espontaneidade. É um convite explícito a se colocar um pé no vazio. A sair da conserva da segurança e do já conhecido. Um convite à aposta na criação grupal ou individual, motivada pelo aquecimento daquele Momento Moreniano. Instante único e irrepetível do grupo ou do indivíduo. Aquele instante em que se entrecruzam o cósmico, o social, o grupal e o pessoal. O experimentado e o compartilhado; o côncavo e o convexo; o subjetivo e o objetivo; o objetivo tornado novamente subjetivo e novamente objetificado. Há a consonância da cena em cada interior e há a ressonância individual, externalizada numa cena dramatizada. Psicodrama compartilha com o teatro serem atividades em que se sabe como se inicia, mas não sabemos (e se for psicodrama) nunca saberemos onde poderemos terminar e como terminar.
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