sábado, 10 de novembro de 2018

Erro, acerto, vida

Tenho uma amiga bióloga. E suas conversas sobre Biologia sempre me remete a analogias relacionais. Como Evolução é sua área de atuação, o tema era esse. E veio à tona a ideia de que as mutações, que são erros de transcrição genética, são o motor da Evolução. A Natureza seria monotonamente homogênea sem as mutações. E essa homogeneidade levaria à extinção das espécies, por dificultar ou impedir a adaptação às mudanças e desafios. Ou seja, em a Natureza o erro leva à novas possibilidades. Diversidade. O acerto infinito leva à extinção. Em nossa vida, o erro, o equívoco, o desacerto, a falha, tornaram-se destrutivos, algo a ser evitado a todo custo, temido até não mais poder. Busca-se, a todo custo, a uniformidade, o consenso, a estagnação, enfim. A ideia do Psicodrama, a filosofia que sustenta o Psicodrama, insiste na Espontaneidade e Criatividade. Que são formas e ações de sair daquilo que Moreno chama de Conserva Cultural, a uniformidade. Assim como mutações sucessivas e frequentes são deletérias para a espécie, também sem elas não há como lidar com as mudanças ambientais. Assim também, com a Espontaneidade/Criatividade. Espontaneidade/Criatividade = Diversidade/Adaptação = Evolução.

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