quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Parasita

Assisti ao filme Parasita. Afora qualquer discussão ou consideração sobre a  estética cinematográfica, veio-me uma distinção nem sempre fácil de fazer ou entender. Sabedoria (wisdom), conhecimento (knowledgment), esperteza (slyness). O filme trata de esperteza (slyness). A sabedoria é o conhecimento englobado pela ética. Conhecimento é um instrumento de ação na Natureza. E esperteza? Esperteza tem a ver com a sobrevivência, com o imediato, com o presente. A esperteza não inclui o futuro. É "cada dia com sua pena". O horizonte da esperteza é curto. A sabedoria vê longe. E o conhecimento é o instrumento, o óculo para se ver. Isto é a minha visão de um segmento do filme. E o Psicodrama? Que tem a ver com isso? O que pode ter a ver com isso? Sempre podemos aprender com um campos da experiência e, a partir dele, olhar para outro campo experiencial. Dirigir uma ato psicodramático, um TE, exige conhecimento, profundo conhecimento do método socionômico. Mas, para o exercício da condução grupal, é fundamental a presença da esperteza, da sagacidade cênica, do pulo-do-gato. Entretanto, essas duas condições precisam ser complementadas pela sabedoria socionômica, a visão socionômico do viver. Sem essa sabedoria, ficaremos limitados ao desempenho técnico e a manha do dirigir. Psicodrama, TE, Sociodrama, atos socionômicos, enfim, precisam dos três.


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Experimentar e refletir.  Este blog é um espaço para mostrar ideias sobre o psicodrama, sobre o teatro espontâneo.  Há mais de trinta anos...