Há muitos anos li, era criança, em pé-de-página da revista Seleções, esta frase de John Gardner: "Viver é a arte de desenhar sem borracha". O desenho pode ser iniciado com a intenção de um barco, mas aparece uma linha curva e o desenho vai-se tornando uma onda no mar. Vai-se aproveitando cada traço, planejado ou acidental, para um desenho final que faça sentido, ao terminar. O escritor Fernando Sabino contava que o seu avô dizia que "as malas se arrumam no bagageiro durante a viagem." No Psicodrama isto seria denominado de ato espontâneo-criativo. Espontaneidade não é, definitivemente, fazer o que se quer, pura e simplesmente. Espontaneidade é como John Gardner e o avô de Fernando Sabino diziam: É poder estar aberto para o que acontece, é poder mudar de plano A para plano B ou C ou Z. É poder escutar e enxergar a circunstância. Isto, quando acontece, fornece à criatividade um terreno mais amplo de possibilidades. Espontaneidade é uma autopermissão para a criatividade fazer a melhor escolha para aquela cena, momento ou circunstância. Dirigir no Psicodrama é isso.
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