Lendo o livro de Moreno "Quem sobreviverá?" tive diante de mim um clarão de centelha. Autômato e Sue Sponte significam, em grego e latim, a mesma coisa: "De vontade própria". Autós e Sue, próprios. Matos e Sponte, vontade. Mas o nosso Moreno assinalava já há mais de 50 anos os riscos do autômato e o seu antídoto, a espontaneidade criadora (sue sponte). Autômato, automático, espontâneo, espontaneidade. Onde diferiram essas duas palavras? O que significa hoje autômato, automático e o que significa hoje espontâneo? São quase antônimos. O autômato passou a ser um ser um instrumento dirigido a uma finalidade. Espontâneo passou a ser, no Psicodrama, a liberdade de escolha criativa. A resposta automática é única para toda questão. A resposta espontânea é adequada e proporcional. Ao fim, diz Moreno para sobreviver ao nosso empobrecimento criativo diante dos instrumentos automáticos temos que estimular a espontaneidade criadora e criativa. E isso para que não submerjamos à preguiça criativa gerada pelas facilidades dos instrumentos, cada vez mais sofisticados na capacidade de gerar e conservar conteúdos, com rapidez e precisão. São práticos, são úteis, são precisos, são rápidos. Mas, e os seres humanos serão ainda necessários? Ou seremos aprendizes de feiticeiros?
terça-feira, 27 de junho de 2023
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