Hoje, numa sessão psicoterápica, uma pessoa me fala sobre sua relação com seu enteado, portador de gravíssima quadro psiquiátrico, Diz ela: "Me sentei longe". Pedi para refazer a cena: Piscina, estirada numa cadeira, tomando sol, óculos escuros. Seguida por outra: respondendo a solicitação vai para a piscina com o enteado, senta-se no primeiro degrau, muda. Paro a cena e pergunto: Que está acontecendo agora com vc? Responde: " estou irritada, não queria estar aqui, acho desagradável estar com ele". Peço-lhe que capture esse estado e veja em sua vida onde mais esse estado esteve presente. "Claro, nas reuniões obrigatórios com meu pai". " E no meu ciúme de minha irmã com minha mãe". E continuamos. Mais do que a história acontecida e verbalizada, o acréscimo da cena deu-lhe uma chance de perceber no aqui e agora os afetos envolvidos e pôde fazer a ligação entre cenas anteriores e as atuais. é o que me encanta em nosso Psicodrama. Sua potência terapêutica. Potência de, ao presentificar o passado, poder vivenciar as múltiplas camadas que a cena traz e tem e contém. Sem que houvesse interpretações de minha parte. Era sua cena, vista e enxergada por ela. Era sua a compreensão.
quarta-feira, 22 de novembro de 2023
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