Sempre considerei os poetas, escritores, artistas em geral, como os que chegam, primeiro e melhor esteticamente, ao ser humano e seu existir, comparando com os técnicos, como nós. Há uma fábula de la Fontaine, as Raposas e as Uvas. essa fábula, em que a raposa, por não conseguir alcançar o galho da parreira onde estavam as uvas desejadas, sai dizendo: "Mas, também, elas estão verdes!". Quanta humanidade nessa fábula! Há uma outra expressão popular que diz: "Quem desdenha, quer comprar!". .A mesma coisa. Desqualifica-se aquilo que não se pode ter ou alcançar. E isto acontece corriqueiramente. E esta é uma das situações em que, propondo-se a cena em ação, o protagonista saindo do palco, um ego auxiliar ocupando seu papel e ele, o protagonista vendo e enxergando de fora do palco, de fora da cena, sua vida passando ante seus olhos. A isto chamamos de Espelho. E por que? E Para que? Porque é sempre difícil ver-se de fora, ver-se como em cena, ver-se com os olhos da plateia. E essa técnica psicodramática, uma das três fundamentais, propicia isto. Sem interpretações do diretor/condutor/terapeuta. Ele, o protagonista tem a chance de ver-se. E perceber que seu desdém, seu enverdecimento de seu desejo, é uma manobra para não sofrer pela impossibilidade ou incapacidade. La Fontaine e Moreno. Duas visões analógicas do drama humano.
terça-feira, 28 de novembro de 2023
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