Venho pensando há algum tempo na palavra vivência. Talvez minhas reflexões desgostem algumas pessoas, mas penso valer a pena pensarmos. O grande Millôr Fernandes já dizia: livre pensar é só pensar. Segundo a Marcia Karp, uma das últimas discípulas diretas de Moreno e Zerka, ele dizia sempre "Throw away the script". "Jogue fora o roteiro". Pela própria essência do Psicodrama e de todas as ferramentas Socionômicas, essa essência é contrária a planejar, ter roteiro, pressupor, criar uma meta a ser alcançada, ter um final desejado e programado. É tudo que difere das chamas vivências. Elas têm título, já indicando o caminho a ser seguido e o fim a ser alcançado, têm roteiro já definido, têm aquecimento planejado. Chegam ao fim desejado, mas diferem de um Psicodrama aberto (e de todas as atividades socionômicas), em que o aquecimento decorre do mapeamento do agrupamento, em que o tema protagônico vai se desenvolvendo e sendo criado pelo grupo, em que o emergente grupal se destaca na peneira espontânea, em que o protagonista o é por, naquele instante, naquele momento, naquele já então grupo, sua história ter pedaços e partes da história de todos naquele Momento Moreniano. O Psicodrama aberto (e tudo o mais em Socionomia), é arriscado, vive ao sabor do aquecimento, do grupo e do Condutor. Ele chegará sempre ao que naquele pedaço de tempo foi ´possível chegar naquele grupo, naquele recorte de tempo, naquele flash de vida. "Throw Away the Script".
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