Estando com uma paciente, ela sempre se descrevia como "deixa a vida me levar" e "nunca escolhi nada". Junto com ela fomos levantando as situações em que "não havia escolhido" e "deixado a vida levar". E pedi a ela que olhasse não o que ficou, mas o que foi deixado para lá, rejeitado, deixado de fora, excluído. Ela parou, levou algum tempo refletindo, percebendo que ela, sim, havia feito escolhas. E que essas escolhas, feitas por ela, tinham construído sua vida. Não havia sido "Deixo a vida me levar". perguntei-lhe como se sentia. Respondeu: "Aliviada. Estranho, não é? Sinto que agora também posso escolher com consciência.". Fazendo uma imagem mental, se imaginarmos o que escolhemos como figura e o retiramos da imagem, ficará a silhueta no fundo. Que revela tanto ou mais do que a própria figura. Fazendo um mapa de todas as silhuetas vemos nossas escolhas, nossa vida, em negativo, como numa fotografia a ser revelada.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
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