A Ficção Científica sempre foi um dos interesses centrais da minha vida. Robert Heinlein, Ray Bradbury, Arthur Clarke, Isaac Asimov, Phillip Dick e tantos outros. Todos, sem exceção, são científicos porque usam conceitos científicos, mas nunca foram ficção. Sempre foram um exercício imaginativo de como as coisas poderão ou poderiam ser no campo científico. São um exercício da imaginação para explorar o ser humano e as consequências do que escolhe fazer ou escolhe permitir fazer. Por isso, em geral, os finais dos textos de Sci-Fi são melancólicos, quando não aterrorizantes. O acaso, as mutações, nos trouxeram a diversidade. E a seleção natural fez seu trabalho. Acaso e Diversidade geraram o ser humano. E com ele apareceu a possibilidade de imaginar o futuro, antecipá-lo. Talvez, esse fato, mais o polegar opositor, tenham sido, mental e fisicamente, que nos permitiram sair de um animal fraco, de desenvolvimento lento, poucas ferramentas naturais de defesa,, à condição nossa. Mas, há um preço para todo avanço (e a Sci-Fi sempre lembra). Apareceu a ansiedade. Imaginar, antecipar não só para otimizar a caça, a sobrevivência, mas, também, para imaginar a fome, a morte, a dor, a separação. Fiat Lux. nasceu o par indissolúvel: Imaginação - Ansiedade. No psicodrama (em toda ação socionômica) o tempo é sempre o presente. Aqui e Agora. Hic et Nunc. Pelo aquecimento cuidadoso e profundo é possível tornar o passado em um Como Se real no presente. Mas, também é possível trazer o futuro imaginado e sua parceira a angústia, para o Como Se no presente. Porque é no presente que agimos. É nessa fração inconcebível de tempo, o Presente, que tudo acontece. Toda mudança se faz no presente da ação. O palco psicodramático torna-se o contrário da Viagem no tempo de H.G. Wells. Nós não nos deslocamos para trás ou para frente. O psicodrama faz com que a vivência da memória e a vivência da imaginação sejam realmente vividas Como Se presentes fossem, no aqui e agora.
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