quarta-feira, 2 de julho de 2025

limites

 ontem durante uma supervisão (que chamo de hipervisão por abranger todo o atendimento clínico), apareceu uma sugestão de um filme. e nesse filme o enredo fala de uma pessoa que a troco de expor a verdade sacrifica as pessoas à sua demonstração. e o tema tornou-se quais os limites de intervenção técnica, qual a ética do da intervenção. Obviamente essa questão toca a todos os profissionais de saúde. mas, particularmente, dentro de um consultório entre duas pessoas, ou um grupo e o condutor do grupo,  Há dias, durante uma consulta, após uma pergunta minha (Há outros momentos de sua vida em que você aja se sentido ou agido dessa mesma forma?) responde a paciente, após um tempo; "Sim, tem. mas não quero falar disso". esse é o ponto. depois dessa resposta há que se formar a barra para que ela "enfrentasse a sua verdade" ou devemos respeitar os tempos de cada pessoa? Respeitar os tempos, em psicodrama é estarmos atentos para o aquecimento contínuo, sem ultrapassar o ritmo do aquecimento. Aquecimento, em Psicodrama, tal e qual o aquecimento físico, é a progressiva preparação para a dramatização. É não saltar etapas, dar ao protagonista o tempo de aproximação para sua cena. Por exemplo, no caso que relatei, propus a cena da situação atual (um escritório). à medida que ia se apropriando dos sentimentos atuais, reconhecendo-os, E, então, quando foi delineando o que poderia fazer atualmente, pedi-lhe, sem que fizesse a cena antiga, que transportasse para aquela cena, o que havia percebido da atual. Até agora não sei qual foi a cena original. 

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Experimentar e refletir.  Este blog é um espaço para mostrar ideias sobre o psicodrama, sobre o teatro espontâneo.  Há mais de trinta anos...