quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O que, como e para que. Por que, não.

Talvez a pergunta mais frequente de todos quando diante de uma situação turva ou não compreendida seja POR QUE. Pode ser diante de uma cena corriqueira, cotidiana, em dialogo de rua; pode ser no âmbito de uma psicoterapia; pode ser diante de uma notícia qualquer; e pode ser em palco, em uma dramatização. Vamos pensar um pouco. Quando se pergunta a alguém Por Que, a maior possibilidade é que a resposta seja Não Sei. Outra grande possibilidade seria dar-se uma resposta habitual, costumeira resposta, à pergunta frequente. E a outra seria, simplesmente, dar-se uma resposta qualquer para bloquear a pergunta. Em Psicodrama, Teatro Espontâneo, fazer essa pergunta, Por Que, é conduzir a um beco sem saída cênico. Essa questão imobiliza, congela o desdobramento, o deslanchar da cena. Remete ao passado já passado. E que perguntas seriam perguntas mobilizadoras cenicamente? O Que, Como e Para Que/Quem. São perguntas dirigidas à ação no palco. São perguntas que saem do lugar comum. São perguntas que focam a atenção do protagonista, do grupo, no presente, no aqui e agora. Por Que é reducionista, paralisante e de resposta conservada. O Que, Como, Para Que/Quem são perguntas que propõem cenas. That´s all, folks.

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