Quando pretendemos escrever e as ideias não vêm lembra e sugere uma situação que acontece, com frequência, na direção psicodramática e de teatro espontâneo: quando o condutor, no curso da direção, percebe-se com um vazio de ideias ou de linhas de ação. Esse é um momento que pode ser angustiante e paralisante, pode levar a direção a um desastre na ação psicodramática. Mas, o que paralisa o diretor? Será a falta de ideias, apenas? Ou será, e provavelmente é, a angústia de estar perdido, de sentir-se perdido, de ser cobrado pelo grupo, de se sentir obrigado a carregar o grupo nas costas, de se sentir o único responsável por tudo o que acontece? A onipotência termina por conduzir à impotência. O Diretor em Psicodrama é "um membro do grupo em papel diferenciado". Ele também é parte do grupo e não o dono do grupo. Ele, sim, o metrônomo, o que dá o ritmo ao grupo. Quando ele se sente perdido pela impotência ao não compartilhar com o grupo seu momento de vazio de ideias, sua perda da condução rítmica leva o grupo a uma desorganização e desaquecimento. Em falta de ideias o melhor é pedir ajuda aos "universitários", o nosso grupo.
segunda-feira, 3 de setembro de 2018
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