quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Temos nosso próprio tempo

Cada tempo tem o seu próprio olhar. E em cada tempo o olhar é o olhar do presente. Quando olhamos para trás ou para frente, para o passado ou para o futuro, levamos conosco o nosso olhar do presente. Olhar o nosso passado conservando o olhar do presente é como começar a ler uma história de suspense já conhecendo o final. Todas as ações parecem ou irrelevantes ou idiotas  ou absurdas ou mágicas. O mesmo acontece ao olharmos para o futuro com olhos de  presente. Levaremos a nossa visão impedindo ou dificultando a imaginação de criar algo novo. Por isto, ao dramatizarmos, aquecemos o protagonista e os egos auxiliares a usarem sempre e sempre o tempo presente, para enraizá-los no aqui e agora. Vivendo o presente daquele tempo criado e recriado no palco, em cena. Tudo está acontecendo, não apenas aconteceu ou acontecerá. Tudo no palco é presente, o tempo presente da cena.

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