Interessante (ou doloroso) que o Teatro Espontâneo seja colocado como uma outra forma de instrumento de intervenção na Sociatria, denominação dada em Socionomia ao conjunto de Psicodrama, Sociodrama, Axiodrama e TE. Na prática, no dia a dia, o TE é colocado como o filho meio cabeça de vento, criativo, mas pouco sério, sem muito futuro. As pessoas sérias, os psicodramistas sérios fazem Psicodrama, Sociodrama ou Axiodrama. TE não. TE é para artista, extrovertido, diversão. Bom de se ver. Apenas. E como isto tem sido ruim e danoso ao desempenho da direção de qualquer ato socionômico. O sempre lembrado, por mim e por muitos, Moysés Aguiar, costumava dizer que o Psicodrama tornava-se cada vez mais Psico e cada vez menos Drama. O nosso diferencial, nosso sustentáculo, nosso pilar, o palco, a cena estavam sendo deixada cada vez mais de lado em nome do enfoque Psico. E o que podemos com o TE? Teatro Espontâneo é bom, é necessário, é vital, para todos os que trabalham com a Sociatria e a visão Socionômica de vida. Não é só para a plateia que o TE é importante. mas para o profissional socionômico. E por que? Por que ao dirigir um TE aprende-se a construir e dramatizar histórias. Aprende-se a desenvolver o senso de história. Aprende-se a descobrir o que pode ser dramatizado e o que não pode. Aprende-se a manter atenção plena do aquecimento grupal, sob pena de nada acontecer. Aprende-se que a atenção à estética da cena aumenta, potencializa a eficácia da dramatização. Aprende-se que o ritmo da cena é tudo. Aprende-se que não levar o ritmo em conta compromete terrivelmente o aquecimento grupal. Enfim, fazer TE, para qualquer que seja o psicodramista, faz com que ele faça o que faz melhor e com maior potência. Teatro Espontâneo é o tronco central onde corre a seiva da Socionomia. Dele saem os ramos de Psicodrama (TE aplicado à clínica, a uma história individual), o Sociodrama (TE aplicado a temas de papeis sociais), o Axiodrama (TE em que o tema da sua história são valores éticos). E também ao lado pedagógico/organizacional. Tudo é Teatro Espontâneo, aplicado a situações especificas ou grupos específicos ou temas específicos.
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