Durante uma atividade online psicodramática de supervisão surge uma história de uma primeira visita, quando estudante, de um hospital psiquiátrico. A pessoa conta que foi abordada por um "paciente" e não sabia o que falar e ficou muda, calada. Proponho a recriação da cena. No momento que a personagem-paciente surge perguntando onde fica o ponto de ônibus, interrompo a cena e peço seu solilóquio. Diz ela: "não sei o que devo e se devo falar. ão sei se piorarei ele com o que disser". Peço-lhe para fazer essa cena em outro ambiente. Numa rua comum. E uma pessoa, desempenhada pelo mesmo ego-auxiliar, lhe pergunta onde fica o ponto de ônibus mais próximo. Ela responde naturalmente, dando as indicações necessárias. Proponho um espelho das duas cenas e lhe pergunto a diferença. O contexto, o cenário. Num cenário de hospital quem não é funcionário, é paciente. Num contexto, num cenário de rua, são pessoas se encontrando. O contexto, o cenário, criam pressuposições que direcionam nossa ação. O fundo interfere na percepção da figura. E o nosso Psicodrama ajuda a perceber isso ao recriar e criar cenários e contextos e cenas.
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
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