quinta-feira, 12 de maio de 2022

Tentar e experimentar

Ao escutar qualquer paciente dizer:  "Vou tentar fazer", costumo retrucar: "Experimente em vez de tentar!". Em seguida, em geral, digo, "Tentar é álibi para não conseguir". E há, psicodramaticamente, uma profunda diferente. A pessoa, ao usar a expressão "vou tentar", absolutamente, não se põe verdadeiramente, a agir. E está sempre com "um pé atrás", capaz de parar, interromper sua ação a qualquer momento, por qualquer dificuldade ou empecilho. Sua alma não está na ação. Ao experimentar a alma encarna-se na ação. Para evitar ou ajudar a que isso não aconteça, é que no Psicodrama e em todas ações Socionômicas inicia-se pelo aquecimento. No começo para situar a pessoa ou o gupo a se situar no espaço-tempo do palco. Depois, ao aparecer o protagonista do grupo ou iniciar-se a dramatização do protagonista em atendimento Bipessoal, é necessário aquece-lo, ou seja, prepará-lo para a dramatização. No tempo e espaço da ação. Todo esse tempo investido no aquecimento tem seu resgate na dramatização. Aquecido, o protagonista experimenta verdadeiramente, a segunda-vez do fato, vivencia, dentro da realidade suplementar, como real, o dramatizado. Não há tentativas. Há experimentações à vera. 

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