Fernando Pessoa diz em Mensagem que o "O mito é o nada que é tudo". Pegando essa afirmação talvez possamos dizer que uma analogia é um nada que é tudo. Analogia é uma relação de proporcionalidade que, entretanto, só existe nessa relação proporcional. "Uma tampa de caneta está para uma caneta assim como um chapéu está para uma cabeça". Essa é a parte desenvolvida da analogia "cadê minha tampa de minha cabeça" ao procurar meu chapéu. Exemplozinho meio fajuto, mas talvez, dê para entender. Não há nenhuma relação concreta e real entre tampa e chapéu. São coisas diferentes. Mas, ao estabelecermos uma analogia, criamos uma relação que é real enquanto dure. No Psicodrama e todas as atividades socionõmicas, as dramatizações são analógicas. Elas não são "reais'. Ali, no palco, durante a cena, se estabelece uma relação de proporcionalidade, de analogia, entre o que houve, entre o que se teme, e aquela cena. E nesse momento faz sentido. Há uma verdade poética, como dizia Moreno. A cena psicodramática é "um nada que é tudo".
sexta-feira, 5 de agosto de 2022
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