Vi uma propaganda do mercado imobiliário cujo título era: "Exclusividade é Sublime". A par do mau gosto de usar um adjetivo referente a um sofisticado sentimento (sublime), essa ideia de exclusividade ser a meta é discutível à luz da teoria Socionômica de Moreno. Tirando esse uso torpe da palavra sublime, vamos olhar a palavra exclusividade. "Qualidade do que pertence unicamente a uma pessoa". Sob essa ótica a solitária de uma penitenciária poderia ser vendida com a mesma propaganda. Mas, veja, na penitenciária é punição máxima, estar excluído do convívio de todos, estando totalmente só. Mas, como? Estar só é visto corretamente no sistema prisional como punição máxima. E é realmente. Mas, para vender um produto isto passa a ser desejável? Ser único, não ter com quem compartilhe. Assim também são vendidas ilhas, condomínios, peças de roupa. E a ideia de que o ser humano é um ser relacional? Que só existe na relação entre as pessoas? Ideia Moreniana que os tempos desfizeram. Vendem exclusividade e a pessoas compram solidão.
segunda-feira, 22 de abril de 2024
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