Assisti ao filme Guerra Civil (aquele com Wagner Moura). E hoje lembrei-me dele. E de tudo que tem de impactante no filme, há esta frase emblemática: "Que tipo de americano você é?". Essa frase poderia ser mais ampla ainda: "Que tipo de ser humano vc é?" Ou ainda: "E você é ser humano?". Lembrei-me do título do livro de Moreno: "Quem sobreviverá?" Lembrei-me do tema do nosso XXIV Congresso Brasileiro de Psicodrama: "Que mundo nós queremos? Eu, Tu, Nós". No fundo esse é o nosso problema. Nós e Eles. Essa constante dicotomia. Quem não está comigo está contra mim. Outra era e é a ideia fundante do Psicodrama: O ser humano é um ser em relação. Ou seja, ele se constitui na relação com o outro. O Outro não é o nosso oponente. É o nosso constituidor. Por isso a pergunta do filme, para mim, é tão impactante. Não há tipos de seres humanos. De alta categoria ou baixa categoria, ser humano de verdade ou sub-humano. Não há gradações de importância para ser um ser humano. Desumanizar, tirar o status de humano, é o passo facilitador para pura eliminação dos seres ditos não-humanos. Ser humano e pronto. Apenas e tanto. Merecedor de vida, dignidade e respeito. Por ser humano.
sábado, 27 de abril de 2024
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