A angústia ou nos paralisa ou nos precipita num ação impulsiva. Essa polaridade de um mesmo estado afetivo pode ser melhor visto pelo Psicodrama (Teatro Espontâneo). De um lado, a espontaneidade, sendo a disponibilidade, a ausência de restrições prévias ou autorestrições, o estar pronto e aberto a tudo. E a outra face da moeda, a criatividade, a potencia de agir, de realizar a melhor ação possível, a mais adequada à circunstancia, a mais produtiva e fértil. Então, a paralisia e impulsividade, expressões da angústia, são, essencialmente, pouco ou nenhum desenvolvimento do par espontâneo criativo. Mas esse par, espontaneidade/criatividade, não é viver em um mundo ilusório, onírico ou fantasioso. Não é pairar acima das dores humanas. É, exatamente, o oposto, o contrário. É, diante de todos os entraves, das pedras pelo caminho, poder (espontaneidade) ter um repertório de respostas amplo e profundo e diversificado. E poder (criatividade) atuar aquela ou aquelas que melhor promovem sua vitalidade relacional, em seus múltiplos papéis. É reconhecer a merda e poder fazer dela adubo para a próxima ação. Sem ficar a reclamar do cheiro nem jogá-la no primeiro alvo que veja.
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