terça-feira, 19 de dezembro de 2017

crença, fé...

Não sei. Vejo essas duas palavras sendo usadas como sinônimas. E, para mim, não são. Nem de longe são sinônimas. De cara digo que crença é certeza de resultado, fé é confiança no processo. Dito isto, comecemos a desdobrar um pensamento. Quando digo creio, em geral, queremos um resultado, desejamos um resultado, já temos um resultado previsto. Crença, assim, é  ter certeza de que o que deseja se realizará. Seja por que meio seja, seja com a interferência dessa ou aquela divindade, deidade ou entidade. Quando não acontece o que se espera, deseja, almeja, quer, vem a descrença, a rejeição, a raiva, a impotência, a frustração o sentimento de desconfiança. Quanto há fé, tem-se fé no mecanismo não nos efeitos. Tem-se fé. Coloca-se um pé no vazio, sabendo que há um vazio, mas que se construirá alguma ponte para atravessar o abismo. o olhar se dirige ao processo, ao mecanismo, ao método. Não se olha para o resultado. A consequência virá em razão do processo, não do desejo, apenas. e o que isto tem a ver com Psicodrama e Teatro Espontâneo? São coisas diferentes: iniciar uma atividade Psicodramática ou de Teatro Espontâneo desejando um final final planejado, buscando realizar um projeto já definido na mente. Não é Psicodrama nem Teatro Espontâneo, é uma vivencia, tão só. É uma forma de crença. A espontaneidade e criatividade do grupo anda longe. Outra coisa muito diferente é iniciar-se uma atividade Psicodramática ou de Teatro Espontâneo em que há confiança, fé no método, no processo, deixando o campo aberto para a Espontaneidade e a Criatividade atuarem, levando a cena para onde ela construir seu próprio caminho. Confiança, fé no método Psicodramático

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