Lendo um filósofo espanhol, Ortega y Gasset: Ele descreve um passeio por um bosque/floresta. E vai descrevendo os sons. Um canto de pássaro lhe chama a atenção, sobrepondo-se aos outros sons. E, no momento seguinte, ele dirige a atenção para os sons que haviam se tornado fundo, tornando-os figura. E, aí acontece o toque genial. Todos os sons ali estão, todos são simultâneos. Mas, somos nós que, ao intencionalmente, dirigir a atenção para um determinado objeto, ou lembrança, ou desejo, os tornamos figura ou fundo. Bela metáfora para a psicoterapia. E, em especial, para o Psicodrama. Tudo está sempre aqui conosco. É nossa direção do olhar, a nossa intenção, que torna algo aparente ou oculto, superficial ou profundo. Lembro que Verdade em grego é Aletheia. Literalmente Não Esquecimento.. As verdades não são inventadas. São desvelamento, revelação, reencontro, dar-se conta, olhar em outra perspectiva, trazer o fundo para figura e deixar a, até então, figura, no fundo, transformando-as de imagens fixas em cenas móveis. Todas as psicoterapias assim fazem, cada uma com seu método. Mas, o Psicodrama, ao tridimensionalizar em cena, ao permitir que o protagonista veja com seus olhos a sua cena, potencializa essa transformação de algo fixo e imutável em algo dinâmico
sábado, 6 de julho de 2024
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