segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

estudante e aluno

 Nunca fui professor de alunos. Sempre fui professor de estudantes. Em termos psicodramáticos, toda relação se dá entre papéis complementares. O complementar do aluno é o instrutor. O aluno relaciona-se com a instrução, apenas. O papel complementar do estudante é o próprio conhecimento, o professor é o meio de despertar o interesse e compartilhar experiência. Há uma semana recebo um convite (um presente) de um professor de psicologia. Para dar uma entrevista a um grupo que que apresentaria um trabalho sobre Psicodrama. Tivemos um encontro online, longo. E, como sempre considero importante, marquei um encontro grupal e presencial. Aqui um parênteses. Em, geral, os outros métodos psicoterápicos podem ser apreendidos pela leitura de textos confiáveis. Com o Método socionômico, o psicodrama, considero que, sem a experiência direta de uma atividade psicodramática, torna-se quase impossível apreender-se a essência do método. Um relato de um ato psicodramático, para quem nunca o haja vivenciado, pode ser visto como mágico, mágica ou teatrinho (com esse ar depreciativo, mesmo). E, esse pequeno grupo de cinco estudantes, vivenciou uma sessão psicodramática. E hoje eles apresentaram. Mostro, por orgulho deles e de nosso método, algumas depoimentos: "Resumo de conversa: foi foda pra caramba!", "A turma e o professor demonstraram encantamento e curiosidade sobre a nossa experiência. Foi realmente algo muito rico pra nós, enquanto grupo, mas para turma também, que não fazia ideia de como funcionava o psicodrama na prática", "Foi muito bem aceito pela turma". No começo, fiz uma diferença entre estudante e aluno. E que nunca fui professor de alunos e sim de estudantes. As pessoas, em si, não são uma coisa ou outra. Essa relação vincular se constrói pelos que estão interessados. E, nesse caso, o papel do professor é vital, é essencial. Ele não é o detentor do conhecimento, não é fornecedor desse conhecimento, não é um instrutor de saber. Educar ( em latim ex-ducere, conduzir para fora, algo que já está ali, e não enfiar goela abaixo algo estranho à pessoa). obrigado Luzia, Jessika, Fernanda, Eduardo, Juliane. Estudantes, enfim.


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Experimentar e refletir.  Este blog é um espaço para mostrar ideias sobre o psicodrama, sobre o teatro espontâneo.  Há mais de trinta anos...