segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

O Samba do Psicodrama.

  Escutava hoje, Dia Nacional do Samba, Feitio de Oração, de Noel Rosa e Vadico. E hoje, embora seja a centésima milionésima vez que escuto essa canção, escutei um verso de outro jeito: "Sambar é chorar de alegria, É sorrir de nostalgia, Dentro da melodia". E mais de cinquenta anos depois, Gil e Caetano fazem Desde que o Samba é Samba: "O samba é o pai do prazer, O samba é o filho da dor, O grande poder transformador". E contemporâneo à Noel e Vadico, Jacob Moreno criava o Psicodrama. E a que leva esse mashup, essa vitamina de frutas diversas? Várias coisas brotam. Uma, que pode-se dramatizar tudo o que for dramatizável num palco, mas "Dentro da melodia". Há que se respeitar os limites da cena dramática, do palco psicodramático. Sair da melodia, desafinar, corresponde às atuações espontaneístas e não espontâneas. Àquelas ditadas pela impulsividade e não pelo aquecimento específico para a cena. E palco psicodramático, tal como o samba, tem o poder transformador de acolher a dor e o prazer.  dando-lhes a oportunidade de serem vistos e percebidos pelos seus outros lados. A Terceira Margem do Rio, diria Guimarães Rosa.. 

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Experimentar e refletir.  Este blog é um espaço para mostrar ideias sobre o psicodrama, sobre o teatro espontâneo.  Há mais de trinta anos...