Pensando sobre Teatro Espontâneo (TE) aparece uma colagem de ideias. TE é a construção coletiva de uma história grupal. É isto. E o que faz deste ISTO algo tão potente? O exercício da imaginação e sentimento grupal de pertinência. Mas, fiquemos na imaginação, por enquanto. "A louca da casa". Assim, no passado, se falava da imaginação. E essa louca da casa ficava restrita ao ambiente artístico. Aí era seu locus. Aí era permitido a ela, a louca da casa, viver e agir. Ao resto do mundo, o "mundo sério", não cabia referência a essa dama louca. Pessoas sérias, respeitáveis, são "realistas". E ser realista é estar preso a um mundo imutável, rígido, linear. Não vejo muita diferença desse pensar antigo do pensamento vigente hoje. E o Teatro Espontâneo? Um modo de ver o grupo como criador de sua história. Tornar a Louca da Casa o fio condutor da vivência grupal. Imagem em ação, imaginação. E quando se experimenta a existência e força dessa senhora louca da casa, percebe-se que o mundo sério, o mundo do real tão real, pode e necessita ser fecundado por ela. Diz Gilberto Gil: "A agulha do real nas mãos da fantasia". O Teatro Espontâneo dá mãos de fantasia à agulha do real. Intervem no real com a potencia criativa da louca da casa. Nossa imaginação.
segunda-feira, 27 de março de 2017
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