Há alguns dias escrevi sobre um comentário de Umberto Eco sobre o duplo sentido da palavra reconhecimento. Uma forma em que reconhecimento é uma homenagem que se presta a quem realizou um ato, tomou uma atitude, descobriu algo, inventou algo, escreveu, pintou ou esculpiu algo, que tenha sido importante para a nossa sociedade humana. Outra forma de se utilizar o termo é literal, reconhecer é lembra-se haver visto aquela cara, aquele rosto, aquele corpo. E essa ultima forma é a expressão de nossa sociedade de espetáculo atual. Hoje pela manhã vinha dirigindo e ouvi uma banal propaganda. Ela terminava com essa assinatura: Quem não é reconhecido não será consumido. Cheguei a parar o carro para anotar a frase. Límpida, transparente e sincera. É a sociedade de espetáculo embalada para consumo. Para Moreno, para a Socionomia, para o Psicodrama, os papéis desempenhados na vida têm uma dimensão objetiva e uma dimensão subjetiva. A primeira reflete o script oficial e a segunda introduz a variável pessoal nesse desempenho de papéis. O que escrevi acima mostra a condição rasa, superficial, pouquíssimo profunda com que os papéis sociais são atuados nesse momento de nossa vida.
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