Em meio a um texto que estava lendo havia essa citação de Sartre, em o Ser e o Nada: "O passado é algo que nos pertence, mas não podemos viver". Frase curta e potente. Quantas coisa nos pertencem, mas não podemos viver? Coisas que temos, mas só se as vivermos é que serão nossas? O passado nos pertence, mas é no presente que vivo. "Viver é melhor que sonhar" diz Belchior. Mas o que é viver? Viver é durar, é passar pelo tempo, meramente existir? Para, talvez, ultrapassar essa dúvida existe outra palavra. Vivenciar. Viver com consciência, viver percebendo que e o que se vive. Aí voltamos ao mundo Socionomico, ao mundo do Psicodrama, o Teatro Espontâneo. "A segunda vez dramatizada liberta a primeira". A primeira vez pertence ao passado. É nossa, mas não a podemos viver. E viver é ser transformado, é submeter-se ao processo dinâmico, é deixar de estar congelado. Aos métodos socionomicos, ao Psicodrama, ao Teatro Espontâneo, cabe lidar com o passado que é nosso, e com o nosso futuro que também são nosso, mas não os vivemos. O palco psicodramático, a cena psicodramática é onde essa alquimia, essa mágica, essa vitalização da vida (valendo a redundância) acontece.
domingo, 15 de julho de 2018
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