Curioso como determinadas palavras e conceitos se integram ao acervo humano e, mesmo sendo anacrônicas, são usadas continuamente. Por exemplo, quando alguém se destaca em alguma coisa torna-se o Rei ou Rainha ou Princesa ou Príncipe daquele algo. As palavras republicanas não tem força afetiva no imaginário. Até bobo da côrte é representativo. E como! Até aí é uma curiosidade. Mas, quando, apesar de esforço da Psiquiatria e da Psicologia, continuam a ser usadas expressões como "é um louco, é um débil mental, é psicopata, isso é loucura, só pode ser doido, só internando num manicômio, bota camisa de força", aí eu me preocupo. A loucura, o adoecer mental (afinal, o cérebro é um órgão que pode funcionar mal. Como qualquer outro órgão), esses termos e conceitos deveriam ser restritos ao âmbito diagnóstico e terapêutico (e mesmo assim, já não são usados!). Não deveriam, não podem, ser usados como forma de qualificação da experiência humana desastrosa. Independente do adoecer, existe a responsabilidade individual. Existem os erros de conduta, existem os crimes, e eles não podem, de nenhuma maneira, ficarem sob o manto do adoecer mental.
sexta-feira, 10 de abril de 2020
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