Vamos imaginar um trabalho grupal psicodramático. O agrupamento de pessoas vão chegando, com pouca conversa, e quando há conversa é em tons baixos, conteúdo pessimista, pouca atividade motora, expressão corporal sugerindo desanimo, exaustão ou mesmo tristeza. O Diretor/condutor quieto, sentindo o grupo, deixando-se atravessar pelo clima reinante. Se fosse pedido ao Diretor/condutor seu solilóquio, o que estava passando por sua cabeça naquele momento, talvez ele assim falasse: "O que faço, tento uma atividade de aquecimento mais dinâmica, mais movimentada? Será que estou entrando no clima deprê do grupo e deixando-me levar por ele"? "Ou devo aquecer essas pessoas com imagens ou cenas que reflitam e concretizem o sentimento grupal"? Sempre para o Diretor/Condutor nunca existe um só caminho para aquecer o grupo. São escolhas que a experiência, a técnica, o feeling sugerem para aquele instante. Entretanto, o mais importante é que cada passo dado seja sempre avaliado em relação à resposta grupal. Poder voltar atrás, tomar outro caminho é a atitude psicodramática. Não ficar congelado na escolha inicial. Experimentar e corrigir, se preciso. Não há fórmulas para dirigir o grupo.
quarta-feira, 29 de abril de 2020
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