O palco é um instrumento vital ao Psicodrama. E palco não é o tablado, mas o espaço cênico. Pode não haver um praticável, uma elevação qualquer. Mas, os limites entre o palco e a plateia precisam ser delimitados. E para que? O espaço cênico, o palco, a cena, é o reino do papel psicodramático, da verdade poética. É lá que é seu locus. Fora do palco é o reino da verdade factual, da realidade real. Entrar e sair do palco implica em entrar e sair do mundo do "como é" para o mundo do "como se". Por isto o Diretor/Condutor não deve ficar nesse palco. Ele pertence ao mundo do "como é" ajudando a produzir o mundo do "como se". Esse limite, essa "brecha real/fantasia" é a borda do palco. O mero entrar e sair não é tão simples. É uma profunda operação cognitiva/afetiva. Leva o participante, ao tornar-se personagem e voltar ao seu lugar, a fazer de forma suave a alternância de mundos. Aprender a operar e manejar esta viagem é o grande salto do Psicodrama. Até o Espelho como uma das técnicas base do Psicodrama só tem sentido se visto por este angulo. Sair do palco para ver sua cena em espelho equivale a voltar ao o real e ver sua fantasia tornada real. Ver-se verdadeiramente de fora para dentro.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
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