Lá
nos idos do 2º grau aprendi em Física algo chamado Paralaxe.
Trata-se da mudança de perspectiva entre figura e fundo pela mudança
de posição do observador. Algo que ocorre quando olhamos o dedo
indicador com apenas um olho aberto e depois alternamos o fechamento
dos olhos. Esta mudança de posição relativa entre dedo e o fundo é
a Paralaxe. E o que tem de análogo com o Psicodrama? Aqui quando
reencenamos uma história, quando experimentamos outro final para
ela, quando fazemos um espelho, duplo, inversão de papeis, quando
usamos todos estes instrumentos de trabalho psicodramático, sempre o
fazemos com o objetivo de permitir ao observador participante (grupo
e/ou indivíduo) uma ou várias outras miradas novas da mesma cena.
Isto é o que se torna o verdadeiro instrumento terapêutico do
Psicodrama: a possibilidade de que o grupo e/ou indivíduo possa sair
da visão única, cristalizada (talvez até patologizada) que até
então acontecia para um horizonte de outras formas de ver. Sim,
fazer Psicodrama é ajudar a construir múltiplos pontos-de-vista, é
descongelar a visão de mundo. É fazer um movimento de Paralaxe
existencial em que, sem que nada mude na superfície, algo se altere
profundamente.
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
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