Falar ou escrever sobre Psicodrama não é fácil. Estar em um painel de expositores sobre métodos psicoterápicos não é fácil. E o que é difícil? O que me faz ter dificuldades? Geralmente, então, peço para ser o último. Fico observando o público e como eles ouvem os conceitos emitidos. Não sei, claro, se os compreendem todos e completamente. Não sei nem se os compreendem parcialmente. mas sei que não se surpreendem com as palavras. Eles todos já as conhecem. Os conceitos podem não ser entendidos, mas as palavras não são estranhas. Quando chega a minha vez instala-se um problema. As nossas palavras técnicas são estranhas ao uso cotidiano na visão do senso comum. Elas fazem sentido quando ouvidas num universo artístico. Não num universo psicoterápico. É isto a nossa dificuldade de falar em 15 minutos ou vinte sobre Psicodrama. Cada palavra, cada conceito precisa ser definido. E quando é definido não parece ao público como uma coisa "séria". Quando o falar sobre Psicodrama acontece depois de uma experiência vivenciada os conceitos já foram sentidos e vividos e as nomeações feitas fazem sentido. Por isto, quando sou convidado para uma mesa dessas prefiro falar do que Psicodrama não é. Não é teatro, não é happening, não é porra-louquice. Não é teatrinho nem mágica, enfim.
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Exatamente!! Sinto a mesma coisa, Tom!
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