A palavra PLAY em inglês tem múltiplas acepções. Brincar, jogar, atuar uma personagem, desempenhar um papel cênico, tocar um instrumento. Em português ficou um pouco reduzido á desempenhar um papel. E isto soa para nós como algo mecânico, artificial. Algo que se aprende com uma finalidade específica. perde-se todas as outras conotações que há em inglês. Atuação carrega, também em português, um peso dado pelo sentido psicanalítico de algo que não é bom, não é sadio, um agir impulsivo disparado pela psicoterapia. também em português, atuação remete à artificialidade, falta de autenticidade. proponho que pensemos Role Playing com a conotação de tocar um instrumento. Pensemos cada papel como um instrumento. Pensemos o Player. Um músico. Olhem um músico. Ele nunca se considera como aposentado confortavelmente no tocar seu instrumento. houve um momento em que realmente ele teve que apreender os rudimentos do instrumento. mas daí em diante ele está sempre voltando e voltando a desafiar-se, aprender novas coisas sobre seu instrumento ou outros instrumentos. Ele reaprende, ele domina e ele CRIA. O musico sente-se estimulado para sair do conforto de um bom desempenho, de um bom tocar.É Essa espiral do papel: apreender, alcançar o domínio do desempenho e CRIAR. Sempre. Continuamente. O contrário é a cristalização no papel.
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Muito esclarecedora a explicação do termo Play. Isso mostra a importância de mergulharmos nas palavras. Não ter pressa. Ir mais fundo. Pensar no Role Playing com a conotação de tocar um instrumento ... Que lindo! Que profundo! Isso nos faz ver, sentir e pensar, mais fortemente, o Psicodrama nas suas múltiplas possibilidades. É a espontaneidade do momento, o criar sempre.
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