"A renúncia é a libertação. Não querer é poder."
O livro do desassossego/Bernardo Soares/Fernando Pessoa
O senso comum diz que querer é poder. Coloca-se toda ênfase numa suposta entidade chamada força de vontade. E, ao mesmo tempo, dá-se uma ideia fantasiosa e onipotente de que o limite é dado pela pessoa, desprezando-se as circunstâncias que podem ser, realisticamente, limitadoras e limitantes. Pessoa traz nossa atenção para a recusa, o não querer. O foco passa a ser dizer não a algo habitual, recusar o já conhecido. Trazendo para a nossa realidade psicodramática, o palco, a cena, a dramatização permitem que ao protagonista seja dada a oportunidade de dizer Não. Experimentar o recusar, testar o seu não querer. Sair da imobilidade do "É assim mesmo".
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